Crítica de Rogue One: Uma História Star Wars

Filme Rogue One

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Rogue One: Uma História Star Wars tem como premissa um grande spoiler, já sabemos, pelos acontecimentos de Uma Nova Esperança, que o plano de roubar os esquemas da Estrela da Morte serão bem sucedidos (mas não sabemos como) e que esta será a primeira grande derrota do Império para a Aliança Rebelde.

Ainda assim, mesmo já sabendo o final, o primeiro filme derivado de Star Wars, não deixa de trazer coisas novas para a franquia e dar um cala boca definitivo em quem achava que a Disney destruiria a obra de George Lucas.

O filme de Gareth Edwards é visualmente bem feito (ainda que a reconstrução de alguns personagens em computação gráfica, como é o caso de Tarkin, não tenha ficado perfeita), com cenas de batalha – tanto no espaço quanto em terra – muito bem coreografadas. É em Rogue One, sem dúvida, que vemos a melhor batalha espacial de toda a franquia até aqui.

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É em Rogue One também que vemos os sinais mais evidentes das guerra contra o Império. Se na trilogia clássica o foco nos jedis nos distanciava do impacto da fisicalidade da morte – Obi Wan apenas desaparece e Yoda morre de velhice e praticamente adormece – aqui, temos tiros, explosões, emboscadas que mutilam e matam combatentes de ambos os lados da guerra. As marcas da batalha também estão entranhadas nos personagens, tornando-os mais secos e duros do que os outros que vimos até aqui: Jyn Erso (Felicity Jones) é imprevisível e teimosa, mas é principalmente solitária, separada dos pais ainda menina, ela tem dificuldade em confiar e demora para aceitar o seu papel na causa. Diferente de Rey ou Leia, Jyn é mais difícil de gostar, mas alguns detalhes bem colocados no roteiro – principalmente no que diz respeito às suas cenas com K-2 (Alan Tudyk) e Chirrut (Donnie Yen) – mostram uma profundidade muito maior da personagem do que o comportamento arrogante e desconfiado deixam supor em um primeiro momento.

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O elenco secundário é outro ponto positivo, permitindo que nos preocupemos com o destino de cada um dentro da empreitada que mistura táticas de combate e de espionagem. E, claro, como não podia deixar de ser, as aparições de Darth Vader, ainda que pontuais, são extremamente satisfatórias, com especial atenção para a cena final, e mostram mais uma vez o porquê de ele ser um dos grandes vilões da história do cinema.

Inovando, enquanto coloca mais um tijolinho nesse intrincado e fascinante universo, Rogue One faz parte da mitologia de Star Wars antes mesmo de ter chegado às telas, lá, naquelas letrinhas rolantes do Episódio IV, e prova que não são só os jedis são capazes de mudar a história.