Estamos perto da saturação dos super heróis no cinema e tv?

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Quando assisti ao filme Os Vingadores pela primeira vez no cinema, lembro que estava tremendo de tanta emoção. Não havia assistido os primeiros filmes do Thor e Capitão América, somente os do homem de Ferro. Por isso vibrava cada vez que via os heróis lutando no telão. O filme arrecadou mais de US$ 1,5 bilhão de bilheteria mundial, e a Marvel se tornou o assunto mais comentado da época.

Após o BOOM gerado por Os Vingadores, iniciou-se uma onda de filmes e séries de Super Heróis que invadiu os cinemas e a TV. Como fã, adoro tudo que é adaptação de HQ, seja da Marvel ou da DC Comics, mas, sabendo que a Casa das Ideias do Senhor Mickey tem planos para filmes até 2020, não seria uma boa hora para perguntarmos se não estamos perto da saturação de super heróis no cinema e na TV?

Além dos filmes para o cinema, a Marvel expandiu seu universo para a TV inicialmente com a série Marvel – Agents of Shield, que acompanhava o Agente Coulson trabalhando com a organização Shield para combater ameaças menores. Em 2015, a Marvel junto com o Netflix, lançou Demolidor, a primeira de outras três séries (Jessica Jones, Luke Cage e Iron Fist) que culminaria em Defensores, série que deve sair em 2017, juntando os heróis contra um vilão em comum, algo semelhante ao que eles fizeram com o universo cinematográfico.

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Já a DC Comics, iniciou sua nova fase na TV em 2012, com Arrow, série que acompanha a vida do Arqueiro Verde, Oliver Queen is alive, depois de passar cinco anos numa ilha, e voltar pra casa com pendências à resolver, trazendo justiça a Starling City. Após o sucesso que foi a série no canal CW, resolveram expandir mais o Arrowverse, com a série The Flash, que estreou em 2014, e logo em seguida com Legends Of Tomorrow em 2016. Supergirl, que também é da DC estreou um pouco antes que Legends, em 2015 no canal CBS, mas quando renovou para segunda temporada, foi levada para o Canal CW, onde estão as outras séries também; porém Supergirl não faz parte do mesmo universo que as primeiras, embora apareça nos crossovers de vez em quando.

O Universo DC dos cinemas iniciou em 2013, com a estréia do filme Homem de Aço. Fazendo a linha Ame ou Odeie, o filme arrecadou pouco mais de US$ 660 milhões em bilheteria. Em 2016, sua continuação, Batman vs Superman A Origem da Justiça, estabeleceu novos personagens que devem dar as caras na continuação, Liga da Justiça, que deve estrear em 2017, após o filme da Mulher Maravilha. Os fãs (e eu também) estão ansiosos para ver unidos pela primeira vez no cinema personagens tão icônicos quanto Flash, Batman, Superman, Mulher Maravilha, Aquaman, Ciborgue e talvez o Lanterna Verde.

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Vivemos na melhor época para ser nerd. Nerd agora é Pop. Com o sucesso que os filmes da Marvel trouxe, as pessoas começaram a dar oportunidade para o mundo Geek, e deixaram aquele preconceito bobo de lado, de olhar torto e chamar de esquisito aqueles que curtem HQ e usam a camiseta do homem aranha na faculdade (eu de novo). Mas essa época pode estar com os dias contados.

Steven Spielberg declarou que “em breve haverá uma crise em que três ou quatro filmes seguidos de super heróis vão fracassar na bilheteria, e a partir daí os produtores vão começar a pensar em como inovar no segmento”. É um processo natural do cinema. Quando um gênero começa a fazer muito sucesso, acaba gerando uma onda de muitos filmes parecidos, e por isso o público começa a ficar enjoado de mais do mesmo. Aconteceu com a onda de Filmes de Faroeste e agora talvez com os filmes de super heróis.

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O que ficou implícito na fala de Spielberg, é que talvez o público não esteja apenas cansado de ver filmes de super heróis, mas sim da fórmula batida. Não que eu não goste dos filmes de heróis, pelo contrário, estou sempre lá nas pré-estreias. Mas como fã, eu tenho medo que o público em geral fique enjoado desse tipo de filme. A fórmula Marvel tem funcionado até aqui, mas os críticos de cinema já estão prevendo uma saturação desse tipo de Blockbuster.

O que tem contribuído com o excesso de filmes de Super Heróis é o fato de haver não apenas uma empresa fabricando esse tipo de conteúdo, mas três: Disney (Marvel), Warner (DC) e Fox (X men). Embora tenham tons diferentes, eles contém muitas semelhanças, e o público exigente sempre quer algo inovador. Não é a toa que as séries do Netflix fizeram tanto sucesso, trazendo uma mudança no nicho, levando os heróis para o lado urbano, mais pé no chão. Isso deu fôlego e estabeleceu um novo ritmo para a Disney. O Filme do Deadpool também trouxe mudanças significativas, com a quebra da quarta parede e um humor ácido, e para um filme que custou pouco mais de US$ 50 milhões e com classificação acima de 18, a inovação rendeu ao estúdio US$ 700 milhões.

Vingadores Guerra Infinita estréia em 2019, e a DC agendou filmes até 2019 também, com Liga da Justiça 2, mas ao que tudo indica, a data foi cedida para o filme solo do Morcegão. Os filmes do gênero ainda tem um pouco de lenha pra queimar, o Hype está grande em cima do filme que deve culminar na batalha final dos Heróis da Marvel contra o Poderoso Thanos. Então ainda podemos ficar tranquilos em relação a isso por algum tempo, mas se os estúdios não começarem a rever seus roteiros e as fórmulas batidas, é bom estarmos preparados para ver as capas sendo penduradas.