Crítica do filme A Música da Minha Vida
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A música tem sido um tema explorado por muitas produções do cinema nos últimos anos. Somar lendas e sucessos do gênero musical com reflexão e discurso político da vida real em um filme, soa como quase que um sucesso garantido.
A fórmula parece dar certo desde em bilheteria de vendas ou aclamação nas premiações. Exemplo disso foram os blockbusters Nasce Uma Estrela e Bohemian Rhapsody, que abriram portas para Rocketman, Yesterday e o mais recente lançamento da Warner Bros Pictures Brasil, A Música da Minha Vida.
Embalado e inspirado por Bruce Springsteen
Em A Música da Minha Vida nos conectamos com uma história que facilmente diverte, emociona e o principal: discute temas tão importantes vividos pelos personagens na década de 80, mas ainda tão presentes em nossa atualidade.
Com roteiro que carrega um discurso político de xenofobia, racismo e intolerância ao trazer uma família paquistanesa vivendo em uma época de repressão e crise econômica no Reino Unido. A produção entrega o debate com teor secundário, sem levantar bandeira de forma apelativa – sendo destaque entre os lançamentos anteriores do mesmo gênero.
A construção dos personagens e de toda a ambientação da história é visivelmente fruto de uma dedicação especial de toda a equipe colaborativa, entregando, sem dúvida, um resultado convincente que de maneira muito fácil cria uma relação quase que instantânea de espectador-personagem já no primeiro ato filme.
A carga ideológica é um fio condutor de uma história que traz a música como uma mensagem de arte e combustível da vida através das canções sentimentalistas de Springsteen – que através delas é feita a construção do perfil do personagem principal.
O ator Viveik Karla estrela o seu primeiro papel nos cinemas e convence de forma emergente sua capacidade ao interpretar as multifacetas de um verdadeiro fã. Arco que explora a importância e poder que um artista e seu trabalho pode influenciar a vida de alguém e logo afetar sua personalidade.
‘A Música da Minha Vida’ é um filme que surpreende e entrega um conjunto de cenas bem construídas, de qualidade visual e reflexiva, com sentimentos que motivam inspiração, empatia e amor pela música e arte.