Crítica | Hebe: A Estrela do Brasil
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Hebe Camargo é uma das figuras mais importantes da história da Televisão Brasileira. Conhecida pelo seu trabalho como apresentadora, a paulista iniciou sua carreira como cantora de rádio na década de 1940, mais tarde como radialista, humorista, atriz e não demorou muito para conquistar o título de estrela do Brasil com todo o seu carisma.
Hebe que construiu um legado durante sua carreira, marcando gerações com a sua personalidade única. Faleceu em setembro de 2012 e a pouco de completar quase sete anos desde sua morte. A incrível trajetória da “Rainha da Televisão Brasileira” enfim ganha um espaço no cinema com o filme Hebe: A Estrela do Brasil, protagonizado pela atriz Andreia Beltrão com direção de Maurício Farias e roteiro de Carolina Kotscho.
A Warner Bros Pictures Brasil nos levou para uma sessão exclusiva do filme, onde podemos captar as primeiras impressões de uma das cinebiografias mais bem produzidas do país.
Hebe: A Estrela do Brasil é um filme corajoso
O longa acompanha o recorte da realidade brasileira dos anos 80, quando o país vivia uma de suas piores crises. A semelhança física pouco existente de Andreia Beltrão com a Eterna Estrela quase não é percebida com a incrível personalidade que a atriz constrói dando vida aos seus trejeitos e características, acompanhada de figurinos e maquiagens impecáveis que nos aproximam ainda mais dessa icônica personagem.
Se o Brasil tivesse uma premiação como o Oscar, teríamos aqui uma das principais concorrentes na categoria de Melhor Atriz. Beltrão, já consagrada como uma das figuras cômicas da televisão, eleva sua carreira com esse desempenho impecável.
Nos elementos visuais percebemos alguns moldes que nos recordam da recente e aclamada produção Nasce Uma Estrela, com Lady Gaga e Bradley Cooper. É um dos diversos apreços do longa que desperta gratidão de como o cinema brasileiro tem se elevado e conquistado seu papel na industria se igualando a grandes produções estrangeiras.
Carolina Kotscho que assina o roteiro, seria outro nome de destaque em nosso Oscar Brasileiro, caso ele existisse. Presenciamos uma adaptação concisa que distancia do comum que as cinebiografias costumam seguir, focando em um único e grandioso momento da vida de Hebe – a pouco de completar 60 anos de vida, madura e decidida. Durante um período de transição da ditadura militar para a democracia, enfrentando a censura, preconceito e machismo.
Apesar do período ser ambientado na década de 80, os questionamentos, incertezas e indignações lutados pela figura na época, serve de reflexão e crítica para o que vivemos em nossa atual sociedade. Hebe: A Estrela do Brasil é um filme corajoso, pois surge em um momento propício que mostra como o posicionamento de figuras públicas são importantes e causam impactos na população, principalmente hoje com a realidade virtual que vivemos.
Para alguns, é uma obra que acompanha uma crítica necessária que vai além das telas e já para outros podendo servir apenas como um afronte. É uma disputa de narrativas onde a resposta de quem vence é bem óbvia.
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