Homem-Aranha: Longe de Casa é o encerramento perfeito para a Fase 3 do MCU
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O anúncio que a Fase 3 do MCU seria encerrada em Homem-Aranha: Longe de Casa e não em Vingadores: Ultimato, deixou muitos fãs confusos. Não havia sentido finalizar a saga iniciada com Tony Stark num filme posterior à sua morte.
Porém, a escolha não poderia ser mais acertada. O segundo filme da nova franquia do melhor amigo da vizinhança é um presente para os fãs. Tanto para os admiradores do universo de Vingadores quanto para os fãs do Aranha.
A seguir apresento minhas impressões sobre Homem-Aranha: Longe de Casa com os principais pontos do longa que estreia em 04 de julho de 2019.
Crítica de Homem-Aranha: Longe de Casa
O diretor Jon Watts conseguiu amarrar sua história com os eventos ocorridos após Vingadores: Ultimato. Uma homenagem a Tony Stark e demais membros do grupo que morreram para salvar o planeta, conforta quem queria ver um pouco mais dos Vingadores.
Numa breve retrospectiva, indica de maneira direta como as pessoas blipadas retornaram ao convívio dos remanescentes da eliminação de Thanos. Rapidamente abriu espaço para focar a trama nos novos desafios de Peter Parker.
As escolhas de Peter Parker
O protagonista enfrenta o dilema de seguir uma vida comum ao passo de ser o único super-herói remanescente na Terra. E por um breve período, consegue se esquivar da cobrança de Nick Fury que relembra a Peter sua condição de sucessor de Tony Stark.
Inocência, julgamentos precoces e certa fuga das responsabilidades são evidenciadas no início da história. O deslumbre e a facilidade com que Peter confia em Mystério parece um pouco forçada, ainda mais quando há pouca ou nenhuma intervenção do comandante da S.H.I.E.L.D.
Esse contexto é colocado para apresentar o amadurecimento e senso de responsabilidade adquiridos por Parker posteriormente, mas incomodou a rapidez como as relações se deram. Não prejudica o entendimento do filme, porém tira a profundidade e complexidade do vilão.
Mystério é um vilão que merecia mais tempo
As motivações, engenhosidade e capacidade de segurar uma trama bem executada mostram que talvez fosse mais plausível que Longe de Casa tivesse duas partes. Sim, é mais dinheiro, problemas contratuais e questões de tempo, porém a narrativa de ascensão e queda de Mystério teria mais coerência.
Se num primeiro filme fosse abordada a vingança de Quentin Beck contra os Elementais e a criação de laços com Peter Parker, para que numa segunda parte ele revelasse suas verdadeiras intenções e houvesse o enfrentamento, teríamos dois grandes filmes.
Mesmo com as adaptações da origem do personagem em relação às histórias em quadrinhos, não se perde em essência. E mais, ponto positivo aos roteiristas que conseguiram ligar Mystério e sua equipe a Tony Stark. Tornando a motivação do vilão verossímil.
Arte, lutas, sons e efeitos especiais
A direção de arte e efeitos especiais trabalhou bastante e bem para essa produção. Todas as sequências de lutas estão bem executadas, a utilização de efeitos especiais foi na medida certa e respeitou as habilidades e poderes do vilão.
Uma sequência que eu pagaria outro ingresso para assistir é a que se desenvolve em Berlim. A alucinante ilusão criada por Mystério é um presente para os fãs de trajes do Homem-Aranha, além de uma porradaria sincera que desencadeia em um ponto chave: a percepção de Peter Parker sobre como derrotar seu inimigo.
A trilha sonora é maravilhosa, impecável e pontua bem os melhores momentos do filme. Inclusive servindo de escada para piadas e referências externas.
Referências externas, humor e atuações
O fan service foi entregue em diversos trechos do filme, referências aos Vingadores apareceram sem forçação de barra. A que mais me chamou atenção foi Peter Parker improvisar um escudo e um martelo para se desvencilhar dos drones de Mystério e abrir uma brecha para conseguir atacá-lo.
O humor esteve presente de forma sutil, nada foi de graça e tudo tinha um contexto. Essa foi a marca dos filmes do MCU, assim como a escolha dos elencos. Você se identifica com rostos e personalidades apresentadas. Tom Holland parece ter nascido para o papel e sua escalação veio em ótima hora, é indiscutível sua evolução nesse filme.
As duas cenas extras são importantíssimas, apresentam plot twists e criam ganchos significativos para a continuação do universo. Permaneça na sala após a exibição dos créditos, pois vale à pena.
Veredito sobre Homem-Aranha: Longe de Casa
Um grande filme, equilibrado e bem amarrado. Apesar de ser um pouco corrido no desenvolvimento dos laços entre Peter Parker e Mystério, merece o hype que foi construído ao seu redor. Um desfecho coerente para mais de 10 anos da história iniciada em Homem de Ferro.
A Sony conseguiu mais uma vez entregar uma excelente produção, e por hora, é o Homem-Aranha que mais se encaixa no imaginário dos fãs das HQ’s.
E aí, já assistiu Homem-Aranha: Longe de Casa? Conte pra gente nos comentários o que achou do filme!