Rainhas do Crime | Crítica e primeiras impressões do novo filme da DC Comics

Rainhas do Crime

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O novo lançamento da Warner Bros está entre nós e disponível em todos os cinemas do Brasil.  Rainhas do Crime, que é baseado no HQ The Kitchen, do selo Vertigo da DC Comics, trás nomes como Melissa McCarthy (Mike & Molly), Tiffany Haddish (Girls Trip) e Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)  entre as protagonistas da história.

A produção que reúne grandes talentos no elenco, ainda conta com Andrea Berloff na direção, que já foi indicada ao Oscar pelo roteiro de Straight Outta Compton: A História do N.W. Ao ver todos esses nomes reunidos é difícil achar que Rainhas do Crime não daria certo, mas a realidade se convém em um resultado que mistura alta expectativa e buracos no roteiro.

Mais  uma vez presenciamos uma grande produção, com elenco capacitado e direção autêntica não receber o destaque que deveria, por conta da má adaptação da história.

Com narrativa atropelada durante o primeiro ato, nos primeiros minutos do filme mal da para reconhecer o digno talento do trio feminista da história,  que no ano de 1978 aparecem como donas de casa e esposas de poderosos mafiosos, que são presos pelo FBI. Após a prisão, as três acabam assumindo o comando da máfia.

Rainhas do crime - Trailer Oficial

A questão um tanto quanto irônica da situação é que Berloff que estreia na direção do filme, também é a responsável por assinar a adaptação do roteiro de Rainhas do Crime – escrito por ela em cima da ideia de Ollie Masters e Ming Doyle, os criadores das HQs. A estadunidense acertou na direção, que possui cortes e sequências impecáveis, mas errou na ideia inicial do projeto que foi a adaptação da história – atropelando a narrativa sem explorar a construção das personagens.

Melissa McCarthy aparece em um dos personagens mais diferentes de sua carreira sendo lembrada não pelo seu alivio cômico, mas sim pela sua articulação dramática e de liderança. Quem proporciona os risos é Tiffany Haddish, mas de forma razoável comparando outros trabalhos da moça. Já Elizabeth Moss traz a vida o personagem de mais evolução na trama com o arco de inicio, meio e fim muito bem construído e desempenhado pela atriz, que solta seu lado sanguinário.

A trilha sonora é um dos elementos de Rainhas do Crime que mais chama atenção pela sua qualidade. A edição de som convence como uma injeção de estimulo nas cenas impactantes da história. O  desempenho do elenco somado com a qualidade da direção, fotografia e toda estética, resulta em um projeto com buracos na adaptação, mas que diverte e consegue entreter o público de forma razoável.

Se vale uma continuação? Tem potencia! Além de deixar um arco para o acontecimento no final, seria interessante o elenco reunido novamente, mas para uma história de fato bem construída.