Sintonia | Crítica e primeiras impressões da série original Netflix em parceria com Kondzilla
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A Netflix não para e prepara o lançamento de mais uma produção original brasileira. Agora a gigante plataforma lança Sintonia, uma série produzida pelo império do funk Kondzilla, um dos maiores canais do Youtube no mundo.
Assim como em outras oportunidades, tivemos a chance de assistir toda a temporada antes dos assinantes e compartilho abaixo as primeiras impressões da mais nova série do catálogo Netflix.
Sinopse
Narrada do ponto de vista de três personagens, a história de Sintonia explora os universos da música, crime e religião na capital de São Paulo. Doni, Nando e Rita cresceram juntos na mesma favela, onde foram influenciados pelo fascínio do funk, tráfico das drogas e a igreja. Cada um deles transforma suas experiências de infância em caminhos muito divergentes. Apesar de tentarem levar uma vida diferente de onde cresceram, percebem que não podem depender de ninguém, mas um sempre fortalece o sonho do outro.
Produzida pela Losbragas para Netflix, Sintonia conta com seis episódios de 40 minutos em sua primeira temporada. A série foi escrita por Guilherme Quintella, Duda Almeida e Thays Berbe, contando com Pedro Furtado como roteirista-chefe. A produção é de Rita Moraes, Felipe Braga e Alice Braga. Felipe Braga também atua como produtor executivo criativo. O show foi dirigido por Johnny Araújo e KondZilla.
Trailer legendado
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O Funk
Apesar do que é apresentado no trailer e em toda divulgação realizada em cima da produção. O funk está presente na série, desde em seu enredo a trilha sonora, mas não é o tema principal da história. A religião e cultura da favela são os assuntos centrais abordados na série – que neste ponto ultrapassa muitas outras produções do mercado que tentaram retratar essa realidade, mas falharam.
Bruna Mascarenhas que acompanha Mc Jottapê e Christian Malheiros, os protagonistas de Sintonia, é a revelação do elenco. A atriz comentou no tapete vermelho durante o evento de lançamento da série em São Paulo, que sua escalação aconteceu poucos dias antes do início das filmagens por conta da desistência da atriz escolhia anteriormente.
É o primeiro projeto profissional da carioca que deixou o seu legado no papel de Rita, personagem mais bem construída e que rouba a cena de toda a história – graças ao ótimo desempenho e construção da atriz. Momento celebre para comentar o elenco da série, que conta com novos talentos – apesar da já conhecida Leilah Moreno, que brilha com facilidade em cada aparição.
A Série
Sintonia convence não pelo elenco, fotografia ou funk, mas sim pelas histórias que apresenta. O trabalho em conjunto de todos os envolvidos entregam algo visto logo no início de muito orgulho e luta. A produção de Kondzilla já é uma conquista – em vista que estamos falando de um canal de funk, gênero musical vitima de muito preconceito no país, sendo parceiro de uma série da Netflix.
A escolha do elenco é outra, já que oferece oportunidade há muitos talentos desconhecidos – que desempenham de forma muito bem feita. É um material facilmente transmitido pela rede Globo, por exemplo – sendo uma versão mais inteligente de “Malhação”.
De todas as produções brasileiras da Netflix, Sintonia entra no grupo seleto de trabalhos com potencial para explorar em uma sequência. A série tem capacidade para melhorar no roteiro e se tornar mais uma querida da gringa, assim como aconteceu com 3%.
